quarta-feira, 19 de junho de 2019

A importância da aerodinâmica nos carros

aerodinâmica

A potência do motor está longe de ser o fator determinante para o comportamento superior dos carros de Fórmula 1 em relação aos Fórmula E. Esse papel cabe à aerodinâmica. A avaliação foi feita no início do ano, durante o ePrix do Chile, por Felipe Massa, ex-piloto da principal categoria do automobilismo mundial que agora atua no campeonato de elétricos.

Nos carros da Fórmula E, as soluções aerodinâmicas são limitadas pelo regulamento da categoria. Na F-1, por outro lado, trata-se do parâmetro em que as equipes mais investem, pois os ajustes são liberados e podem alterar completamente o desempenho dos modelos que disputam o mundial.

O DRS, sistema conhecido como asa móvel, é um bom exemplo. Ao ser acionado, deixa um carro muito mais rápido que o outro, tornando quase impossível ao piloto do veículo à frente impedir a ultrapassagem.

A aerodinâmica é o principal destaque do McLaren Senna, um dos superesportivos mais rápidos do mundo. Com motor V8 de 800 cv, o inglês acelera de 0 a 100 km/h em 2,8 segundos – números dignos de carros com mais de 1.000 cv.

O segredo do carro de rua que homenageia o tricampeão de F-1 Ayrton Senna está nos recursos aerodinâmicos que tornam brutais suas respostas em acelerações e frenagens. O modelo, que pesa 1.200 quilos, recebe outros 800 kg de downforce – esses 2 mil kg o mantém grudado ao piso. Quanto maior for a pressão para baixo, mais equilibrado é o veículo.

Fluxo de vento é o segredo da aerodinâmica

Apêndices e ranhuras na carroceria melhoram a aerodinâmica. O objetivo é utilizar o fluxo de vento de modo favorável, reduzindo a resistência ou melhorando a estabilidade.

Esse equilíbrio permite atacar melhor as curvas e ser rápido na saída delas. Os recursos aerodinâmicos deixam o carro rápido também nas retas.

No McLaren Senna, há várias soluções pensadas para tirar o melhor proveito de cada situação. As ranhuras nas laterais, por exemplo, melhoram a passagem de ar. Já a asa dianteira e o aerofólio traseiro têm funcionamento ativo. Eles se movimentam conforme o caso, para deixar o carro grudado ao chão o tempo todo.

De acordo com informações da McLaren, o aerofólio se move não apenas nas acelerações, mas também em frenagens fortes. O objetivo é melhorar a estabilidade e fazer com que o carro entre nas curvas de maneira equilibrada. Na prática, embora tenha 80 kg de torque e tração na traseira, o Senna é extremamente fácil de guiar.


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