O filme “Era uma Vez em… Hollywood” não é um longa metragem sobre carros. Nem de longe, os automóveis ofuscam os astros e estrelas Brad Pitt, Leonardo DiCaprio, Al Pacino e Margot Robbie. Mas eles estão literalmente por toda a parte, e enchem a tela. Por isso, são uma ótima opção para quem curte graxa. No total, mais de 2 mil veículos de época foram utilizados nas filmagens. Afinal, o filme de passa na Los Angeles de 1969, e Tarantino, conhecido por sua obsessão na criação de cenários, queria ser fiel à época. E isso inclui tanto a escolha dos automóveis utilizados pelos atores como os carros parados nas ruas, como “figurantes”.
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Coube ao coordenador de carros Steven Butcher o trabalho pesado de selecionar e alugar os automóveis clássicos. Butcher, um veterano do cinema e apaixonado por carros, tem 61 anos. Ele nasceu e cresceu na região de Los Angeles, e tinha 11 anos em 1969, quando que se desenrola a história. Ele garante que se lembra exatamente das ruas da cidade naquela época. O objetivo, portanto, era ser o mais fiel possível na recriação das cenas.
De acordo com ele, em média um filme utiliza de 300 a 500 automóveis, número que não chega nem perto do volume presente na obra de Tarantino.
Cadillac DeVille 1966 é um dos destaques
Uma das funções de Butcher é sugerir três ou quatro opções de carros para os protagonistas. Mas, nesse caso, Tarantino pretendia utilizar um Cadillac DeVille 1966, dirigido por DiCaprio e Brad Pitt. O modelo é exatamente o mesmo empregado em outro filme do diretor, “Cães de Aluguel”, de 1992. Obviamente, para voltar às telas quase três décadas depois, o Cadillac foi completamente restaurado. Afinal, o modelo, que na vida real 53 anos, no filme tinha apenas 3.
Uma segunda opção pensada por Tarantino era um Cadillac conversível 1959. Mas a ideia não foi adiante por duas razões: nos EUA, um modelo como esse custa cerca de US$ 100 mil (aproximadamente R$ 420 mil). O outro motivo é que não faria muito sentido o personagem de DiCaprio, Rick Dalton, dirigir um carro de dez anos de uso, já que no filme ele é um ator com trabalho e que tem algum dinheiro.
Karmann Ghia de ‘Kill Bill’ também retorna às telas
Além do Cadillac DeVille, outro veterano que retorna às telas é o Karmann Ghia conversível dirigido por
Uma Thurman em “Kill Bill”. Dessa vez, no entanto, o modelo reaparece com um moderno motor boxer de Subaru, além de câmbio automático. A ideia era facilitar a vida de Brad Pitt, caso ele não conseguisse manejar bem o câmbio manual. Para o filme, o modelo foi duplicado.
Outro carro que de certa forma também é protagonista é o MG TD 1962 de Roman Polanski e Sharon Tate. Tarantino havia imaginado um roadster dos anos 30 para o diretor, mas Butcher optou por um modelo contemporâneo, que no entanto se parecesse com um carro dos anos 30.
Leves derrapadas
Mesmo com todo o preciosismo, porém, uma ou outra cena eventualmente pode revelar pequenas falhas – ao menos aos olhos de especialistas no ramo. É o caso de um Fusca 1973 (denunciado pelo tamanho e formato do para-brisa), que não poderia estar parado em um estacionamento em 1969, logo no início do filme.
As placas de licença também não são fiéis. Em 1969, os automóveis registrados na Califórnia tinham placas pretas com uma sequência de três letras seguidas de três numerais, amarelos. As placas que aparecem no filme, porém, mesclam números e letras aleatoriamente.
Mas um filme é um filme. E, além disso, este é de Tarantino. Então, esqueça as placas, o Fusca e uma ou outra derrapada. E boa diversão.
https://jornaldocarro.estadao.com.br/carros/tarantino-usou-mais-de-2-mil-carros-em-novo-filme/ visto pela primeira vez em https://jornaldocarro.estadao.com.br
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