Início dos anos 90. O então presidente Fernando Collor de Mello abriu o mercado nacional aos veículos importados. O objetivo era escancarar a diferença existente entre automóveis estrangeiros e os produzidos no País. Collor não mediu palavras e comparou os carros nacionais a “carroças”. Por uma dessas ironias do destino, uma das primeiras marcas a desembarcar no Brasil foi justamente a russa Lada, com produtos igualmente anacrônicos.
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+ Lada já mostrou conceito do novo Niva
Mas, por outra ironia do destino, pelo menos um dos produtos da Lada, o jipe Niva, ainda continua fazendo história. Não no Brasil, mas na Europa. E não apenas em seu país natal, a Rússia.
O modelo que ainda hoje pode ser visto circulando pelas ruas brasileiras (embora muito modificado) está voltando a países desenvolvidos da Europa. Mantém praticamente inalterados tanto o visual como as especificações técnicas. Mas preserva também uma de suas principais características: preço. O Lada Niva está sendo vendido por 11.900 euros, pouco mais de R$ 53 mil.
Lada tem preço competitivo
Preço competitivo, a propósito, foi o principal trunfo da marca quando chegou ao Brasil. Na época, o sedã Laika conseguia competir na mesma faixa de mercado do Volkswagen Gol, então o modelo mais vendido do País. A diferença é que, na época, com preços congelados artificialmente pelo governo, o hatch da Volkswagen era negociado com muito ágio. Enquanto isso, os modelos russos podiam ser adquiridos por preços de tabela, o que explica o relativo sucesso comercial.
Quanto ao Niva, além do preço, havia também o trunfo da tração 4×4, o que lhe permitia ir a qualquer lugar fora do asfalto.
Mais do que nostalgia e preço baixo, porém, o Niva teve de se adequar aos limites de emissões nas normas europeias. Estima-se que o modelo poderá ser vendido na Europa até 2025. A partir dessa data, com a entrada em vigor da norma Euro 7, é possível que o modelo atual não se adeque.
O Niva é equipado com motor 1.7 a diesel de quatro cilindros e apenas 83 cavalos. Oficialmente, ele emite 226 g de CO2 por km rodado. Pelas normas do Euro 7, o limite de emissão deverá ser de 95 g/km. Sem alterações profundas (e caras), seria praticamente impossível manter em linha o atual Niva.
https://jornaldocarro.estadao.com.br/carros/lada-niva-resiste-e-esta-venda-na-europa/ visto pela primeira vez em https://jornaldocarro.estadao.com.br
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