Basta dar uma olhada pela rua para perceber: em relação às cores, os carros são bastante uniformes. Tons brancos, pretos e cinzas, principalmente prata, são amplamente predominantes. Eventualmente, uma ou outra lataria tingida de vermelho se destaca em meio às demais. Mas, afinal, por que isso ocorre? A sensação de que falta cor ao trânsito corresponde à realidade?
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A resposta é sim. A fabricante de tintas automotivas PPG tem dados referentes às cores de carros de vários continentes. Em todos eles, a tonalidade branca é, de longe, a mais popular. Depois vêm prata, preto ou cinza. Colorações mais vivas, como azul ou vermelho, são sempre minoritárias: a participação nunca supera 11%.
A América do Sul, em especial, é o continente no qual cores vivas têm maior rejeição. Branco, prata, preto e tons de cinza detêm, juntas, nada menos que 88% do mercado. A opção mais popular fora desse espectro é o vermelho, com discretos 7,5% de participação.
Tendência do mercado
Para Paulo Roberto Garbossa, consultor da ADK Automotive, a predominância de tonalidades neutras ocorre porque o mercado as considera mais comerciais. “As pessoas compram pensando em qual cor será mais fácil para revender o carro. Por isso, elas optam por branco, preto, prata e cinza”, sintetiza.
Contudo, Garbossa pondera que alguns consumidores, ainda que em menor número, fazem questão de tonalidades mais vivas. Por isso, é vantajoso para o fabricante manter uma paleta mais diversificada. “Em alguns carros, determinadas cores caem muito bem: depende muito do produto e também do comprador”, conclui
Fabricante enxuga paleta de cores para carros em função de baixa demanda
O caso da FCA (Fiat-Chrysler Automobiles) parece ratificar a opinião do consultor da ADK. A fabricante, que até pouco tempo atrás oferecia uma paleta de cores bastante diversificada para seus carros, enxugou as opções nos últimos anos.
Tonalidades como azul Portofino, Verde Savage e amarelo Citrus, que foram oferecidas em veículos Fiat até pouco tempo atrás, acabaram sendo abolidas. Agora, além de branco (sólido ou perolizado), preto, prata e cinza, há apenas uma opção: vermelho Montecarlo.
Consultada, a FCA esclarece que vários consumidores ficam relutantes em optar por carros de cores fora do padrão formado por branco, prata, preto e cinza, por receio de que haja maior perda no valor de revenda. Além disso, muitos desses tons mais comuns não têm custo extra no momento da adquisição do veículo.
Porém, a empresa afirma ter detectado que tonalidades mais vivas tendem a ganhar mais adesão entre os proprietários de SUVs. “É uma tendência que a FCA vem estudando, justamente em razão dos próximos lançamentos que virão”, explicou o fabricante por meio da assessoria de comunicação.
A FCA informou ainda a participação de mercado de cada uma das cores de sua paleta para carros, em um período que engloba as vendas entre 2019 e 2020. Confira:
Cores | Participação na linha FCA |
---|---|
Branco | 49% |
Prata Bari | 15,5% |
Preto | 13,4% |
Cinza | 10,7% |
Vermelho | 8,4% |
Azul | 1,6% |
Marrom | 0,9% |
Verde | 0,3% |
Amarelo | 0,2% |
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