segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

Avaliação: fizemos um mergulho no Kia Rio

kia rio

O segmento mais concorrido do mercado – o de hatches compactos – acaba de ganhar mais um integrante. Finalmente, a Kia começou a vender o Rio, importado do México. O modelo chegou em duas versões. A básica, LX, vai custar R$ 69.990. Já a mais cara, EX, vem com preço sugerido de R$ 78.990,00. O único item opcional é a pintura. A metálica acrescenta R$ 1.600 ao preço, enquanto a perolizada adiciona R$ 2.300. Fizemos um mergulho no Rio para saber se ele terá um curso fácil ou se há trechos acidentados pelo caminho.

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As duas versões vêm com o mesmo conjunto motor-câmbio. O 1.6 flexível de quatro cilindros é o que equipa o Hyundai HB20X e o SUV Creta. Tem comando duplo variável na admissão e escape, e rende 130 cv com etanol. Com gasolina, gera 123 cv. O câmbio automático tem seis marchas.

A primeira ausência notada foi a das borboletas para trocas manuais no volante. Caso o motorista queira mudar as marchas manualmente, precisa recorrer à alavanca no console.

Garantia de cinco anos é ponto positivo

Um dos pontos fortes do Rio é a garantia. O hatch produzido no México tem cobertura de fábrica de cinco anos, o mesmo que o “irmão” HB20 (Kia e Hyundai pertencem ao mesmo grupo). Polo e Onix têm três anos de garantia.

Outro ponto positivo é o acabamento. Embora tenha plásticos duros no painel e nas laterais, no Rio o revestimento tem textura bem desenhada e transmite sensação de qualidade superior. Na área de apoio de braço das portas, a versão EX é acolchoada. E os bancos não têm ferragens aparentes.

O desempenho é razoável, mas não está no nível de concorrentes de peso do segmento, que já oferecem o 1.0 turbo de três cilindros. É o caso de VW Polo (128 cv), Chevrolet Onix (116 cv) e Hyundai HB20 (120 cv). Motores turbo normalmente oferecem maior agilidade nas respostas, porque têm bom torque em baixas rotações.

No Rio, os 16,5 mkgf aparecem a 4.500 rpm. Como comparação, o HB20 rende mais (17,5 mkgf) em rotação muito menor (1.500 rpm). O Onix tem 16,8 mkgf a 2.000 rpm, igualmente números bem melhores que os do Rio.

De acordo com dados do Inmetro, o hatch de 1.141 kg faz média de 7,2 km/l na cidade e 9,3 km/l na estrada, com etanol. Os três concorrentes 1.0 turbo conseguem média acima de 8,0 km/l na cidade e além dos 10,0 km/l na estrada, também com etanol.

Em alguns pontos, o Rio é raso

O Rio é raso em alguns detalhes. Por exemplo, no número de air bags. O hatch oferece somente as duas bolsas obrigatórias na frente. Como comparação, o Onix tem seis air bags de série e o Polo oferece quatro. O Hyundai também tem duas bolsas em praticamente todas as versões, mas a de topo vem com quatro.



O computador de bordo é conciso nos dados e não informa consumo médio – um dos dados mais úteis para o motorista. Além disso, apenas a tecla do vidro elétrico do motorista tem comando “um toque”. Também não há disponibilidade de chave presencial e botão de partida, como nas versões mais caras dos oponentes.

As duas versões têm de série sistema multimídia com tela de 7” sensível ao toque, compatível com smartphones (Android Auto e Apple CarPlay). Há ainda espelhos elétricos, câmera de ré, sensores de pressão dos pneus, rodas de liga leve 15” e faróis de neblina.

Adicionalmente, a versão EX tem ar-condicionado digital (manual no LX), retrovisores com rebatimento automático, revestimento de couro (bancos, volante e alavanca de câmbio), controlador de velocidade e luzes diurnas de LEDs. Os faróis são direcionais. Atrás, há uma porta USB.

Porta-malas do Rio é espaçoso

O hatch da marca sul-coreana tem 4,06 metros de comprimento. Isso representa 12 cm a mais que o HB20 (3,94 m) e 10 cm a menos que o Onix (4,16 m). Quanto à distância entre eixos (que define o espaço interno), o Rio é o melhor: tem 2,58 m, contra 2,56 m do Polo, 2,55 m do Onix e 2,53 m do HB20. A acomodação no banco traseiro é boa para duas pessoas.

O modelo da Kia leva vantagem também no porta-malas. De acordo com a Kia, o hatch abriga 325 litros, ante 300 l de HB20 e Polo, e 289 l do Onix. Como no restante da cabine, o compartimento de carga tem bom revestimento tanto na base como nas laterais.


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