As vendas de motos novas cresceram 12,7% em agosto em relação a julho. No mês passado, foram emplacadas 95.961 unidades, ante as 85.148 do mês anterior. Os números foram divulgados pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo). A associação utiliza dados do Renavam.
Na comparação com os números de agosto de 2019 (88.625), o resultado é 8,3% maior. No acumulado de janeiro a agosto, contudo, houve retração de 20,9%. Foram emplacadas 588.495 motos de janeiro a agosto de 2020, ante 743.556 em igual período de 2019.
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As vendas no atacado subiram 5,4% em relação a julho. Foram 96.415 unidades contra 91.454 motos produzidas. Mas quando comparado ao mesmo mês de 2019, o resultado ainda é 7,9% menor (104.649 unidades). Se as vendas no atacado não acompanham os emplacamentos é porque com concessionárias fechadas em boa parte do ano, havia estoque nas lojas. No acumulado do ano são 564.988 unidades; uma queda de 21,6% em relação a 2019: 720.782 exemplares.
Segundo o presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian, já ficou claro que o crescimento nos emplacamentos é um retrato da pandemia. “Esses números comprovam o protagonismo da motocicleta no atual cenário, sendo uma alternativa segura de locomoção, além de fonte de renda para muitas pessoas que perderam o emprego ou tiveram seus ganhos reduzidos”, diz. O custo menor de manutenção e economia de combustível em relação ao carro também é fator que torna a moto atrativa.
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Produção
A produção de motos, que no Brasil está toda concentrada na zona Franca de Manaus (AM) apresentou números tímidos de aumento. Foram 98.358 unidades produzidas em agosto contra 97.920 em julho. Isso representa um aumento de 0,4%. Se comparado a agosto de 2019, o resultado é 14,3% menor (114.738 unidades). Entre janeiro e agosto, a produção é de 588.495 motos, uma retração de 20,9% em relação ao mesmo período de 2019 (743.556 unidades).
Fermanian pontuou que os números não crescem em uma curva maior porque as fábricas ainda operam com restrições ligadas aos cuidados com a saúde dos funcionários por conta do coronavírus. Vale lembrar que Manaus foi uma das cidades mais atingidas do País.
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