sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

Férias: pneus precisam de atenção máxima

calibração de pneu

As férias de fim de ano têm uma diferença fundamental em relação ao período de descanso do meio do ano. Estamos em plena temporada de chuvas, o que torna as viagens mais perigosas, sob vários aspectos. Para começar, chuvas tendem a diminuir a visibilidade. Além disso, o piso encharcado é muito mais escorregadio, o que aumenta a possibilidade de perda de controle. Hoje, dentro de nossa série de reportagens sobre cuidados a serem tomados antes de viajar, vamos falar sobre pneus. Ontem, a série abordou faróis e limpadores.

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Por mais tecnologia que um automóvel tenha, os pneus são o único ponto de contato entre o automóvel e o piso. E a área desse contato é bem pequena. Por isso, eles precisam de atenção máxima. Antes de viajar, faça uma inspeção visual em cada um deles. Em condições normais, o desgaste da banda de rodagem deve ser regular. Se um dos lados estiver mais gasto que outro, é recomendável fazer uma revisão na geometria da suspensão (alinhamento de direção, convergência/divergência e cambagem).

Quando o carro “puxa” para um dos lados, é sinal de direção desalinhada. As rodas devem estar paralelas. Caso contrário, o desgaste dos pneus tende a ser maior, porque cada uma tende a ir “para um lado”, fazer seu próprio caminho. Quem sofre o atrito, nesse caso, são os pneus, que vão se desgastar. Como efeito colateral, o consumo de combustível aumenta. Uma análise visual cuidadosa da banda de rodagem costuma revelar se há algum problema de regulagem. Ao menor sinal de desgaste irregular, revise o sistema.

Confira a profundidade dos sulcos e faça a calibragem

Por lei, os sulcos precisam ter pelo menos 1,6 mm de profundidade. Os sulcos são canais por onde a água deve escoar, para melhorar a estabilidade na chuva. Quando os pneus estão desgastados e há pouca profundidade desses canais, eles não dão conta de canalizar a água, e o risco de aquaplanagem aumenta.

Caso tudo esteja em ordem, verifique a pressão de todos os pneus, incluindo o estepe. De acordo com a Bridgestone, pneu com pressão baixa pode ter redução de até 30% na vida útil. Estima-se que, na média, os pneus perdem duas libras de pressão por mês. Por ser uma perda lenta e constante, não se deve confiar no visual para avaliar o momento de conferir a calibragem. Um pneu só dá sinais visuais de que está murcho quando tem cerca de 20 libras.

A calibração deve ser feita com os pneus frios, e pode ser verificada a cada abastecimento de combustível, por exemplo. Alguns fabricantes recomendam pressão diferente para os pneus dianteiros e traseiros. Procure seguir a orientação, que pode ser encontrada no próprio veículo ou no manual do proprietário.

Se o veículo for viajar carregado, normalmente os fabricantes recomendam que se utilize pressão superior à normal. Se esse for o caso, respeite a indicação, e lembre-se de voltar à regulagem normal no retorno das férias.

Pressão de ar insuficiente provoca desgaste nas laterais da banda de rodagem, e aumenta o consumo. Excesso de ar desgasta o centro da banda e diminui a estabilidade.

Outra operação que deve ser feita com regularidade é o rodízio dos pneus. A operação consiste em inverter periodicamente os pneus dianteiros com os traseiros (mantendo-se o mesmo lado do veículo), para equalizar o desgaste. Isso porque normalmente o desgaste é maior na dianteira, onde estão o maior peso do automóvel (por causa do motor) e a tração. É também o eixo direcional do automóvel. Siga as instruções do fabricante do veículo quanto ao período recomendado para o rodízio. Em média, ele deve ser feito a cada 10 mil km.

O risco da aquaplanagem

Um dos maiores perigos de viajar na época mais chuvosa do ano é o risco de aquaplanagem. O fenômeno ocorre quando os pneus perdem contato com o pavimento e “sobem” na lâmina de água. Nessa situação, o motorista torna-se passageiro, e o veículo não responde aos comandos, seja de direção, freios ou acelerador.

Em curva, a aquaplanagem é ainda mais perigosa. Se os pneus perderem a aderência com o piso, o carro sairá da trajetória e seguirá em linha reta, mesmo com o motorista esterçando o volante.

Para evitar o perigo, em caso de chuva, a primeira providência é reduzir a velocidade. Sobre piso molhado as distâncias de frenagem aumentam, o que eleva também o risco de acidentes. Segundo dados da Bridgestone, um carro a 80 km/h precisa de 27 metros até parar sobre piso seco. Se a pista estiver molhada, a distância é de 35 m, em média.

Os primeiros indícios de que o veículo entrou em aquaplanagem são a direção leve e a elevação do giro do motor (indicando redução do atrito com o piso). Se isso acontecer, não freie. Tire o pé do acelerador e deixe a velocidade cair sozinha. Ao mesmo tempo, mova levemente o volante para os dois lados para ajudar os pneus a retomarem o contato com o piso.




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