É preciso ter padrão para algumas coisas. E na hora de testar veículos diferentes ou uma nova versão, é interessante que você tenha a oportunidade de colocar o novo veículo na mesma situação que você experimentou o antigo para comparar as diferenças e possíveis mudanças para ver se são perceptíveis ou ficaram pouco presentes. E com a série limitada GR Sport da Hilux foi possível ver as diferenças entre o novo e o velho.
No caso da Toyota Hilux, um dos – se não o principal – calcanhar de aquiles do modelo era a suspensão extremamente macia, especialmente se comparada a todas as rivais do segmento. O principal incômodo se dava nas curvas, quando a carroceria e os ocupantes eram jogados de um lado para o outro.
A Toyota ainda não resolveu isso, porém a série limitada GR Sport (GR é de Gazoo Racing, divisão esportiva da companhia japonesa) conseguiu resolver isso e mostrou para a Toyota que pode ser um bom caminho adotar a mesma calibragem de suspensão para o restante da linha. O custo? R$ 214.990.
Tanto em linha reta quanto nas curvas ou em piso ruim, agora a Hilux pula menos e fica mais estável. Isso se traduz em mais conforto para os ocupantes. Em trechos sinuosos, a picape mantém a carroceria estável, na terra, a suspensão é quem pula, não a cabine. Um alento para os ocupantes.
Mudanças da Hilux GR Sport
Para isso, a Toyota adotou novas molas, mais duras e substituiu os amortecedores de tubo duplo por amortecedores de tubo único. Além disso, há novas válvulas de passagem do óleo nos amortecedores. Todas essas alterações resultam em um amortecimento adequado, mas com padrão mais equilibrado, especialmente no retorno.
Para combinar com essa tocada mais “agressiva”, a Toyota optou por um grafismo esportivo para a série especial com as cores da sua equipe de corrida – preto, branco e vermelho. Há adesivos de corrida pela carroceria e uma nova grade, com o escrito “Toyota” em letras garrafais, ao estilo Ford na F-150 Raptor.
As rodas e o capô têm acabamento preto, há detalhes vermelhos nos faróis de neblina, a grade tem formato de colmeia e há três opções de cores da carroceria: branca, vermelha ou preta. Na parte interna, o logo “GR” aparece bordado no encosto de cabeça dos bancos dianteiros, no botão de partida. No console central, há uma plaqueta com o número da unidade entre as 420 produzidas.
Motor e câmbio continuam iguais
Sob o capô, nada novo. Hoje a Hilux é a mais fraca entre as picapes médias do País. O motor quatro-cilindros de 2,8 litros que rende 177 cv a 3.400 rpm e 45,9 mkgf a 1.600 rpm. O câmbio é o automático de seis marchas com seletor eletrônico para o 4×4 e 4×4 reduzida.
O conjunto pode não ser o mais potente ou ‘torcudo’ da categoria, mas consegue atender bem as necessidades da picape. No asfalto, com carga, ela tende a refugar na primeira redução de marcha, mas reage bem graças ao bom escalonamento do câmbio.
Para tentar mitigar os números menos, a Toyota adotou dois modos de condução, ‘eco’ e ‘power’, o primeiro deixa a resposta do acelerador mais lenta e o segundo um pouco mais ágil para responder mais ágil, mas não espere uma esportividade que faça jus ao visual da picape.
Ergonomia e itens de série
A posição de guiar é fácil de encontrar graças aos diversos ajustes disponíveis. O espaço interno acomoda bem cinco adultos, mas quem for sentado no meio no banco traseiro vai ter que lidar com o túnel central alto roubando espaço das pernas.
Ela é bem completa, já que é baseada na versão de topo SRX. São sete air bags, central multimídia com TV digital, mas que não tem integração a Apple CarPlay e Android Auto, presente no Corolla, e não é de fácil usabilidade, e controle de velocidade de cruzeiro, banco do motorista com ajuste de altura e distância elétrico e volante com ajuste de altura e profundidade.
Traz ainda controles de tração e estabilidade, assistente de reboque, bloqueio do diferencial traseiro, assistente de partida em rampa e de descida em ladeira, luz de condução diurna, chave presencial com partida por botão, entre outros.
PRÓS E CONTRAS – TOYOTA HILUX GR SPORT
PRÓS – SUSPENSÃO
A nova calibragem de suspensão resolveu o problema mais incomodava da Hilux que era a suspensão demasiadamente macia. O conforto e a estabilidade aumentaram para os ocupantes com o ajuste mais firme.
CONTRAS – CENTRAL MULTIMÍDIA
Além de não ter uma boa usabilidade e interface pouco amigável, a picape média mais vendida do País ainda não tem conectividade da integração da tela com os sistema de Android Auto ou Apple CarPlay que já foi aplicada ao Toyota Corolla.
Veja também
https://jornaldocarro.estadao.com.br/carros/toyota-hilux-gr-sport-teste/ visto pela primeira vez em https://jornaldocarro.estadao.com.br
https://renatosampaio101.tumblr.com/post/189627805496 observado em primeiro lugar em http://renatosampaio101.tumblr.com
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