segunda-feira, 17 de agosto de 2020

[Comparativo] Territory, Compass, Tiguan e Equinox: qual a melhor escolha?

A Ford iniciou sua ofensiva no segmento de SUVs médios recentemente com o Territory. É uma das três cartadas da marca americana (o fabricante vai trazer o Bronco Sport e o Escape Hybrid até 2021) para disputar um segmento dominado pelo Jeep Compass, mas que ainda tem o Volkswagen Tiguan como referência e o Chevrolet Equinox com custo/benefício agressivo.

Por esta razão, reunimos os quatro principais representantes do mercado de utilitários médios para ver onde cada um se sai melhor em cada um dos quatro quesitos. Selecionamos a versão topo de linha do Territory para desafiar os modelos mais caros de Compass flex e Equinox, além da configuração intermediária do Tiguan.

Importante ressaltar que os dados de desempenho e técnicos são informados pelos fabricantes. Enquanto as médias de consumo seguem as aferições do Inmetro para o PBEV.

Modelo e versão Preço
Chevrolet Equinox Premier 2.0 AWD R$ 172.190
Ford Territory Titanium 1.5 R$ 187.900
Jeep Compass Limited 2.0 flex AT R$ 159.390 (sem os opcionais)
Volkswagen Tiguan Allspace Comfortline 250 TSI R$ 169.990

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Desempenho/consumo

O Chevrolt Equinox é o que mais surpreende nesse quesito. Se as opções 1.5 turbo de 172 cv já são bastante bem dispostas, imagine com este 2.0 – também turbinado – com 262 cv. Ajudado ainda pela caixa automática de nove marchas bastante ágil e pela tração integral (é o único AWD desta comparação), supera com folga os rivais no 0 a 100 km/h (7,9 s). Também é o que vai com mais sede ao pote: médias de 8,4 km/l (cidade) e 10,1 km/l (estrada).

O novato Ford Territory tem desempenho mais cadenciado. Apesar do motor turbo de 150 cv, ele proporciona saídas de semáforo mais graduais, pontuadas pela caixa continuamente variável com oito marchas simuladas.

ford territory 2021 branco dianteira - foto: Alexandre Carneiro | AutoPapo
Ford Territory foi o último a chegar: versão Titanium está tabelada em R$ 187 mil; motor 1.5 turbo tem 185 cv

O Territory é pouco mais rápido que Jeep Compass, com 0 a 100 km/h prometido em 11,8 s e só supera a economia de combustível no ambiente urbano, com média de 9,2 km/l – no rodoviário, marca apenas 10,0 km/l.

Dos quatro, o Jeep Compass é o único sem motor turbo. O exemplar da Jeep usa o 2.0 flex de 166/159 cv, que oferece desempenho interessante para o SUV médio. Porém, no 0 a 100 km/h, perde para a maioria dos rivais, com 11,9 segundos, apesar de ser o mais leve. Também leva a pior no consumo na cidade, com gasolina: 8,8 km/l (na estrada, supera o Ford Territory, com 10,8 km/l.

O VW Tiguan talvez seja o mais divertido. O motor turbo 1.4 de 150 cv não é o mais rápido, mas a pegada dinâmica e a rigidez da carroceria do SUV passam uma sensação de esportividade ausente nos demais. No 0-100 km/h, o VW Tiguan supera em pouca coisa o Jeep Compass e o Ford Territory: 11,5 segundos. Porém, é o mais econômico, com ótimas médias de 10,1 km/l (cidade) e 11,7 km/l (estrada).

VW Tiguan Comfortline tem motor 1.4 turbo de 150 cv
Compass é o único com motor aspirado na disputa
Equinox, mesmo com motor 1.5, é o mais potente na disputa
Equinox Territory Compass Tiguan
5 ★★★★★ 3 ★★★☆☆ 3 ★★★☆☆ 4 ★★★★☆

Confira nossa avaliação completa do Territory

Dirigibilidade e conforto

O Chevrolet Equinox é um dos que mais consegue equilibrar conforto no rodar e espaço. Acomoda bem motorista e carona, com boas folgas para as pernas, mas a ergonomia do condutor não é o forte e o volante é escorregadio e de pegada ruim.

Com 2,72 m de entre-eixos, acomoda de forma correta dois adultos e uma criança no banco de trás, e o acerto de suspensão mais macio (multibraço na traseira) filtra bem os buracos, mas os pneus grandões fazem o carro quicar um pouco. O porta-malas leva 468 litros, o isolamento acústico é exemplar o acabamento interna agrada.

OFord Territory também acena com bom espaço interno. A posição de dirigir é correta, há boa visibilidade e os 2,71 m de entre-eixos garantem até três adultos “normais” no banco de trás. A suspensão traseira aqui também é independente multibraço e lida bem com as imperfeições da pista

O problema está no porta-malas, o menor deste comparativo, com apenas 388 litros nesta versão (na de entrada, SEL, são 418 l). O isolamento acústico é eficiente e o acabamento pode não agradar no estilo, mas é correto.

Equinox comporta bem ocupantes s bagagens
Porta-malas tem 468 litros de capacidade
Espaço para os ocupantes é destque no SUV da Ford
Porta-malas é ponto fraco do Territory

O Jeep Compass se destaca pela posição de dirigir, elevada, ergonomicamente funcional e com boa visão. Motorista e carona também desfrutam de boas folgas para pernas, mas no banco traseiro a cena muda. Com apenas 2,63 m de entre-eixos, o espaço para joelhos dos passageiros de trás fica bem rente e até uma criança no assento central vai mal.

O acerto da suspensão merecia uma dose a mais de rigidez, já que o SUV da Jeep às vezes parece um banheirão. Compensa com o acabamento interno com detalhes mais requintados. O porta-malas recebe 410 litros.

O representante da Volkswagen é um dos destaques neste quesito. O Tiguan Allspace recebe bem os cinco ocupantes e na versão Comfortline ainda traz os dois bancos na terceira fila, totalizando sete lugares. Motorista tem boa posição de dirigir, volante bem regulado e espaço suficiente. Atrás, dois adultos e uma criança viajam tranquilos, enquanto os lugares extras são aconselhados mais para crianças.

Tiguan é o mais espaçoso
E o único para 7 ocupantes
Porta-malas sem terceira fila de banco (Foto: Marlos Ney Vidal | Autos Segredos)

O porta-malas é o maior, disparado, com absurdos 686 litros – o volume cai para 216 l com os dois assentos em uso. A suspensão firme não compromete tanto o conforto, o acabamento interno não é inspirador, mas é bem acertado, e o isolamento acústico é bastante eficiente.

Equinox Territory Compass Tiguan
4 ★★★★☆ 4 ★★★★☆ 3 ★★★☆☆ 5 ★★★★★

Boris andou no Equinox Premier 1.5. Veja as impressões dele

Equipamentos

O Equinox Premier vem com tudo o que tem direito, inclusive itens de assistência ao motorista. Controle de cruzeiro adaptativo, frenagem de emergência autônoma (em baixa velocidade), sensor de ponto cego, estacionamento automático, monitoramento de faixa (que treme o banco caso você invada outra pista sem dar a seta) e farol alto adaptativo estão entre os equipamentos.

O Chevrolet tem ainda carregador de celular por indução e abertura elétrica da tampa do porta-malas com movimento do pé por debaixo do para-choque traseiro e ajuste do ângulo de abertura.

Ar automático bizona com saídas para os bancos traseiros, grade ativa do radiador, controle de descida, teto panorâmico, acionamento remoto do motor e banco do motorista elétrico também estão presentes. A central MyLink tem tela de 8” e sistema de som Bose.

Equinox é o que tem o pior acabamento entre os 3
Mas pacote de equipamentos é bom

O Territory em sua versão topo de linha também tem controle de velocidade adaptativo, com frenagem automática, alerta de saída de faixa e sensor de ponto cego. Ainda leva a partida remota do motor e o carregamento de celular sem fio, mas oferece quadro de instrumentos configurável e multimídia com tela de 10” que possibilita conexão Apple CarPlay sem fio.

Destaque ainda para os bancos dianteiros com refrigeração e aquecimento. Curiosamente, o ar é automático, tem saídas para trás, mas não é dual zone.

Acabamento é destaque no Terriory
Banco bege é exclusivo da versão Titanium

De assistência à condução, o Compass Limited só recebe o sensor de ponto cego e o sistema de estacionamento automático. É preciso desembolsar R$ 7 mil para ter o pacote com controle de cruzeiro adaptativo, aviso de colisão frontal com frenagem de emergência, farol adaptativo e aviso de mudança de faixa – no caso, com esterçamento do volante. Esse kit inclui também abertura eletrônica do porta-malas e sistema de som Beats. A central Uconnect tem tela de 7”. Já o teto panorâmico é outro opcional, de R$ 8 mil. Nessa brincadeira, nosso Jeep já beirou os R$ 170 mil.

jeep compass limited interior 1
Linha 2021 do Compass ganhou nova opção de cor

O VW Tiguan, por sua vez, não tem os sistemas de condução semiautônoma – estes, só na versão mais cara R-Line, de R$ 208.590 e com motor 2.0 de 220 cv.

De destaque no Tiguan  Comfortline apenas o quadro de instrumentos configurável Active Info Display, ar-condicionado automático trizona – com saídas também na terceira fileira – e bancos dianteiros com aquecimento. A central é a Discovery Media, com tela de 8”. O teto panorâmico custa R$ 5.470 a mais.

Materias do Tiguan são simples
Tiguan tem entre-eixos de 2,79 m
Equinox Territory Compass Tiguan
4 ★★★★☆ 5 ★★★★★ 3 ★★★☆☆ 2 ★★☆☆☆

Manutenção

O VW Tiguan se dá bem nessa categoria porque tem uma promoção com as três primeiras revisões programadas gratuitas. Na verdade, há cobrança de alguns itens que não constam na relação da manutenção prevista pela Volkswagen: serão R$ 982 gastos nas três visitas para lubrificação do teto solar e trocas de filtro de ar e de pólen, além de substituição do fluido do freio.

O Ford Territory está com promoção parecida, mas temporária para a pré-venda – que também oferece um ano de seguro grátis. Passada a oferta, as três primeiras revisões vão totalizar R$ 1.382. Na GM, essas visitas do Equinox somam R$ 1.624, enquanto na Jeep cobram R$ 1.892 pelas revisões do Compass flex.

Equinox Territory Compass Tiguan
3 ★★★☆☆ 4 ★★★★☆ 3 ★★★☆☆ 5 ★★★★★

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