Atritos normalmente devem ser evitados. O conselho vale para as relações familiares, no ambiente de trabalho, no trânsito, etc. Nos automóveis, as fabricantes gastam muito dinheiro e os engenheiros, muitas horas de trabalho, para conseguir reduzir o atrito entres as peças do motor. Isso porque atritos causam desgastes e desperdício de energia – seja nos motores, seja entre as pessoas. Mas o atrito é muito bem-vindo – para não dizer extremamente necessário – quando o assunto é freio. O que faz o carro parar é exatamente o atrito entre peças. No caso, entre os discos e as pastilhas, ou entre as lonas e os tambores.
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Quando o motorista pisa no pedal de freio, ele está dando literalmente o pontapé inicial em uma operação delicada. Nesse momento, ele está acionando o sistema hidráulico do veículo. O objetivo é pressurizar uma linha de fluido que, na outra ponta do circuito, lá perto das rodas, irá pressionar as pastilhas (ou lonas) contra os discos (ou tambores).
O servofreio é uma peça localizada perto do pedal, que tem a função de elevar a potência de frenagem. Graças a ele, é possível pisar levemente no pedal, enquanto o sistema faz o serviço pesado. Com a amplificação da força, o óleo é pressurizado na fina tubulação que passa sob a carroceria, e vai para cada roda.
O momento do atrito é a parte mais tensa da relação. Para diminuir a velocidade de forma suave, a fricção ocorre entre duas partes de durezas diferentes. No caso do freios mais modernos, os discos giram com as rodas, e encontram a resistência das pastilhas, que ficam fixas na estrutura do veículo.
Para ficar mais fácil de entender, imagine as rodas de uma bicicleta. As pastilhas do carro fazem as vezes das sapatas de borracha na bike. Os discos são as próprias rodas das bicicletas.
Os discos levam “mordidas” das pastilhas
Quanto maior a velocidade, maior o atrito, principalmente quando se quer grande redução de velocidade. Quando as pastilhas, feitas de material abrasivo, encostam nos dois lados do disco, cria-se o atrito. E, como em qualquer zona de atrito, uma das partes tende a se desgastar mais.
Nesse caso, quem “perde” são as pastilhas, que vão diminuindo de espessura aos poucos, enquanto “mordem” os dois lados dos discos, com a intuição de reduzir a velocidade do veículo.
A capacidade de frenagem tende a se manter inalterada durante a vida útil dessas peças de atrito. Quando estão no limite mínimo, no entanto, precisam ser substituídas. Caso isso não ocorra, a fricção aumenta muito. E o contato passa a ser de ferro com ferro. Ou seja, o ferro dos discos encontra o ferro que serve de base de fixação para as pastilhas. Aí, os discos é que sofrem desgaste, e precisam ser trocados juntamente com as pastilhas, elevando custos.
Freios a disco ou tambor?
Normalmente, os modelos compactos são equipados com discos na dianteira e tambores na traseira. Isso porque estes últimos são mais baratos. Outra razão é que, em frenagens, o eixo dianteiro é sempre mais exigido, por causa da transferência de peso da traseira para a frente.
A partir de modelos do segmento médio, porém, são comuns os discos nas quatro rodas. A maior vantagem desse sistema é que, como os discos ficam expostos, a dissipação de calor é muito melhor. Afinal, atrito gera calor. E, quanto mais rapidamente ele for dissipado, melhor. Nos sistemas a tambor, as lonas ficam fechadas, o que prejudica a refrigeração.
Nas descidas, freie com o motor
Freios aquecidos perdem eficiência. É por isso que, em descidas íngremes, recomenda-se o uso de freio-motor. Com uma marcha mais reduzida, o motor auxilia na redução de velocidade. Isso ajuda a preservar os freios.
Barulhos ao se pisar no freio podem indicar alguma anomalia no sistema. Eles podem ser indicativos de que as pastilhas estão acabando, e o ruído evidencia o contato de metal com metal.
Outro sinal de problema ocorre quando o pedal vibra durante a frenagem. Nesse caso, pode ser que os discos estejam empenados. Esse problema normalmente é resolvido com a troca do conjunto.
Pedal de freio muito baixo (curso muito longo para a frenagem) pode ser outro indicativo de pastilhas desgastadas. Se isso ocorre, normalmente o nível de fluido no reservatório de freio também baixa. Por isso, não adicione óleo, porque, ao substituir as pastilhas, o nível subirá novamente.
https://jornaldocarro.estadao.com.br/servicos/como-funcionam-os-freios-dos-carros/ visto pela primeira vez em https://jornaldocarro.estadao.com.br
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