A Honda se antecipou ao Salão de Milão (EICMA) em novembro, na Itália, e mostrou a nova geração da big trail Africa Twin. O modelo traz uma série de novidades e inovações em relação a anterior. Aos brasileiros, a parte triste é a nossa recente melhoria ficou obsoleta. Chegando aqui agora, estava disponível na Europa há quase dois anos.
Além disso, a big trail ganhou um propulsor dois cilindros maior que passa de 998 cm³ para 1084 cm³. Com isso, o nome passou de CRF 1000 L, para CRF 1100 L. O antigo motor rendia 95 cv (na Europa) e agora entrega 102 cv. O torque aumentou 6% e foi para 10,7 mkgf.
O aumento na capacidade volumétrica ocorreu para atender as normas de emissões e ruídos do Euro 5 que virão a partir de 2020. Entre as novidades desse propulsor estão camisas de alumínio nos cilindros, novo controle das válvulas de exaustão e um ressalto da árvore de comando revisado.
Tecnologia e eletrônica
Na parte de tecnologia, a nova Africa Twin traz quatro modos de condução pré-selecionados, tour, urban, gravel e off-road, que alteram a resposta do acelerador, além de outros dois modelos que podem ser personalizados ao gosto do piloto para alterar a potência, freio-motor e intervenção do ABS.
A eletrônica mais refinada traz uma Unidade de Medição Inercial (IMU) de seis eixos. Ela “lê” a inclinação lateral e longitudinal, aceleração e a velocidade das rodas. Com isso, permite escolher como aplicar a eletrônica da maneira correta. Com ela a Africa Twin traz controle de velocidade, ABS de curva, controle de wheeling (evita que a moto empine) e rear lift control (mitiga o descolamento da roda traseira do chão)
A Africa Twin ganhou também um novo painel de instrumentos. Agora ela traz uma tela de TFT (display colorido) de 6,5″ polegadas sensível ao toque, de série. As informações mostradas na tela podem ser personalizadas pelo piloto e pode ser integrado ao Apple CarPlay, sistema do iPhone, o que permite usar navegadores, como o Waze ou Google Maps, receber mensagens e ouvir música se estiver com comunicador.
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Chassi
O quadro é novo, bem com o sub-quadro de alumínio, que vem parafusado ao quadro principal, não soldado, como anteriormente. A balança também é nova, de alumínio, mais leve, e inspirada na utilizada pela CRF450R. Essas e outras mudanças reduziram o peso da Africa Twin em 5 kg.
O corpo da nova Africa Twin ficou mais esguio. Com estilo de moto de rali, o banco está 40 mm mais estreito próximo ao tanque e manteve ajuste de altura entre 850 mm e 870 mm, sem precisar de ferramentas.
A Africa Twin 2020 também tem um para-brisa mais curto, de estilo mais esportivo. Segundo a Honda, isso permite o piloto se mover mais livremente sobre a moto, especialmente no off-road, quando precisa movimentar mais o corpo. Os protetores de mão também ficaram mais compactos, assim, como o de motor.
Africa Twin Adventure Sports
Agora com a mesma posição de pilotagem da Africa Twin normal, a versão Adventure Sports, continua a diferenciar pelo tanque maior. São 24,8 litros contra 18,8 l da versão normal. O modelo traz ainda um para-brisa maior com ajuste de altura e maior protetor de cárter.
Ela traz ainda protetores de tanques, base para instalação de baú de alumínio e rodas raiadas para pneus sem câmara. Há ainda entrada para carregador de 12v e manoplas aquecidas de série. Como opcional, a Africa Twin Adventure Sports traz suspensão adaptativa eletrônica com quatro modos: soft, mid, hard e off-road. Além disso, o piloto pode personalizar em um quinto modo o ajuste fino das suspensões.
Como opcional para as duas versões, Africa Twin e Africa Twin Adventure Sports, a Honda oferece a transmissão automatizada de dupla embreagem, de série há a convencional, ambas de seis velocidades.
https://jornaldocarro.estadao.com.br/motos/honda-africa-twin-2020/ visto pela primeira vez em https://jornaldocarro.estadao.com.br
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