A pandemia do novo coronavírus alterou a realidade de todo o mundo. Com a necessidade do isolamento social, a economia tem sofrido bastante. O reflexo no setor automobilístico não foi diferente: o mês de março teve o pior desempenho de venda de carros dos últimos 14 anos. Se as empresas perdem, pode ganhar o consumidor, que tem mais poder de barganha.
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De acordo com Joel Leite, diretor da Agência Auto Informe, o número de unidades comercializadas no país passou de 10 mil carros por dia – na primeira quinzena do terceiro mês de 2020 – para 700. A redução representa mais de 90%.
E o cenário não deve melhorar tão cedo. Segundo o presidente da Fiat Chrysler Automóveis (FCA) para América Latina, Antônio Filosa, ao invés de crescer 9% em 2020, o setor automobilístico deve apresentar, no Brasil, uma retração de 40%.
Foram vendidos apenas 155.771 carros e comerciais leves em março. O que representa queda de 19,1% em relação a fevereiro (192.639) e de 21,9% sobre março do ano passado (199.549).
Preço dos automóveis deve baixar?
Joel Leite explica que é precoce definir a redução de preços. Isso porque sabe-se pouco sobre as consequências da pandemia, que não tem precedentes. Acontece, no entanto, que “a tendência, pela lógica, é a redução do valor dos carros, já que as revendedoras estão cheias de veículos no estoque”.
O especialista afirma ainda que espera um retorno repleto de ações promocionais para as concessionárias.
De qualquer modo, a venda de carros passará por mudanças. Por isso, o momento é do consumidor, que deve pedir descontos e negociar a melhor forma de pagamento.
E fica a reflexão: como investir dinheiro em um bem, se não há garantia de que os empregos serão mantidos?! Os mais beneficiados pela crisa econômica serão aqueles que já têm condições de adquirir um carro.
Mercado de usados foi o mais afetado pela diminuição da venda de carros
Perguntado sobre o mercado de usados, Leite é categórico: o nicho é mais afetado pela crise. As razões para isso são:
- a dimensão do setor (o número de transações envolvendo usados é muito maior – um milhão de carro por mês contra até 200 mil de novos); e
- o público-alvo (no geral, são os consumidores menos abastados os responsáveis por movimentar o mercado de usados. A população é também a mais afetada pela crise. Para comprovar a afirmação, basta observar as políticas do governo, que são voltadas exatamente para pessoas de renda mais baixa).
Ações para reerguer a venda de carros ainda não deram resultado
Com o intuito de driblar o baixo número de vendas, algumas montadoras e concessionárias iniciaram uma operação de venda delivery, mandando os vendedores à casa do cliente.
O sistema permite que o consumidor teste o carro e discuta as condições de compra apenas com o vendedor, sem contato com outras pessoas. Mas, de acordo com Joel Leite, a estratégia não alterou o panorama no setor.
A última semana de março seguiu em ritmo lento, quase parando: foram 763 licenciamentos no dia 25, 1.389 no dia 26 e 1.335 no dia 27.
Foto | Shutterstock
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