Os SUVs e picapes estão dominando o mundo automotivo. É uma invasão nada silenciosa que está varrendo segmentos pelo caminho, como as peruas e os hatch médios. Por isso, quase todas as marcas estão focando seus desenvolvimentos de produtos neste dois tipos de carroceria. Tendo isso em vista, a Renault estaria fazendo um excelente trabalho no Brasil com a apresentação do SUV Koleos e da picape Alaskan, certo?
Errado. Por questões complexas, nem todas de domínio público, a marca não fala mais dos dois modelos por aqui. Ouvida, continua informando que os modelos continuam em avaliação para um possível lançamento futuro. Um futuro que fica a cada mais mais pretérito.
O Koleos, por exemplo, deveria chegar ao Brasil em 2017. O Jornal do Carro fez até uma avaliação do carro. Em conversas com algumas fontes da Renault, o dólar é sempre apontado como o vilão do SUV médio no Brasil. Como viria importado, teria um valor pouco competitivo em um segmento que a francesa não tem tradição no País.
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Ele seria rival de Jeep Compass, Honda CR-V, Volkswagen Tiguan e Hyundai ix35, dentre outros. Pela lista pesada de seus rivais, é possível entender a preocupação da Renault em trazer o carro, que tem motor 2.5 a gasolina de 170 cv e câmbio CVT.
Situação da Alaskan é mais difícil
Já o caso da Alaskan é mais complicado. Fruto de uma parceria do Grupo Renault-Nissan com a Mercedes, a picape é irmã da Nissan Frontier e da Mercedes Classe X. As três seriam feitas por elas na Argentina e viriam para o Brasil.
Contudo, a crise argentina (e brasileira) e alguns erros de planejamento fizeram a Mercedes desistir da Classe X. Não só aqui, mais em nível mundial. A marca continua a dizer oficialmente que a X continua em seu portfólio. Mas ela já está deixando de ser feita até na Europa. Portanto…
Com isso, Renault e Nissan ficaram com o projeto sozinhas. A Frontier segue em produção, já que foi a pioneira da tríade e já era conhecida no mercado. A Alaskan não, e é bem possível que, se for lançada no Brasil, já chegue com a forma de sua reestilização, no início de 2021.
Porém, assim como a Classe X, a Alaskan não tem conseguido um nome avassalador nos mercado onde atua. Na Austrália, região com alto consumo de picapes, o modelo francês era dado como certo e também não chegou. De acordo com a Renault local, “na sua forma atual, a Alaskan não é adequada para a Austrália”.
Inclusive já há indícios de que a Renault prepara a nova geração da Alaskan em parceria com a Mitsubishi, que agora também é do grupo junto com a Nissan. E com isso a francesa será gêmea da L200 e não mais da Frontier. Mas aí seria mais uma história para o Casos de Família, da Márcia Goldschmidt, do que para os cadernos automotivos.
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