A nova geração da aventureira Honda CB 500X desembarca no Brasil agregando modernizações e um caráter mais fora de estrada em relação ao modelo anterior, com preço sugerido de R$ 28.900 sem frete. Além disso, o compartilhamento de vários componentes e sistemas, como quadro, motor e rodas com a irmã naked Honda CB 500F, ficou menor.
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Para adotar suspensões de cursos mais longos, a roda dianteira da CB 500X ficou maior, com 19 polegadas (contra 17 do modelo anterior). Também há novo pára-brisa mais alto, nova carenagem, tanque maior e quadro com modificações no ângulo do canote.
O painel tipo blackout com nova função shift light regulável (que indica a hora de trocar as marchas) e indicador de marcha engatada e também a iluminação full-LED permanecem comuns aos dois modelos.
A sigla CB, que ganhou fama mundial com o modelo CB 750 Four (apelidada no Brasil de Sete Galo), lançada há mais de 50 anos em 1969 e eleita posteriormente a moto do século, significa Citzen Band, ou faixa do cidadão, em tradução livre. Seria a família de moto para o transporte e lazer do “cidadão”. Com o tempo, a linha foi ganhando variáveis, agregando novos segmentos.
Vocação aventureira
A letra “X”, incorporada ao nome, indica a vocação aventureira (Extra, ou Extreme), que até então, tinha menor participação, apesar do visual “trail”. O modelo 2020 corrige a denominação, ganhando maior aptidão para encarar terra e também o “rali” diário das nossas ruas.
A suspensão dianteira não invertida, com tubos de 41 mm de diâmetro que tinha curso de 140 mm passou para 150 mm. A suspensão traseira, do tipo mono, com possibilidade de cinco regulagens na pré-carga da mola, que anteriormente tinha 118 mm de curso, foi majorada para 135 mm de curso.
As novas suspensões de maior curso, somados aos novos pneus de uso misto, na proporção de 60% asfalto e 40% terra, com medida de 110/80 na dianteira e 160/60 na traseira, possibilitam uma melhor performance no fora de estrada, embora, as rodas sejam de liga leve e o banco em dois níveis, que dificulta a movimentação.
Por outro lado, o encaixe do banco que fica a 834 mm de altura com o tanque (17,7 litros) ficou mais estreito, facilitando o apoio dos pés na hora de parar, aumentando também o conforto na “porção” voltada para asfalto do modelo.
Mais conforto para o condutor
As modificações na ergonomia passam por um novo guidão cônico, mais alto e plano, e um para-brisa com maior área, para proporcionar mais conforto aerodinâmico em velocidades mais elevadas. A posição do guidão e das pedaleiras também permite rodar em pé, no fora de estrada. Dá para ir naquela cachoeira, na fazenda, rodar por caminhos sem pavimentação sem problemas, mas se virar trilha é melhor não encarar.
O painel com fundo preto (blackout) ganhou indicador de marcha e shift light para permitir uma melhor leitura e aproveitamento da potência e torque. Outra mudança estética foi na carenagem, com novas aletas laterais e na iluminação 100% em LED.
O motor com dois cilindros em linha e 471 cm3 (compartilhado com a Honda CB 500F) manteve a potência de 50,4 cv a 8.500 rpm e o pico de torque de 4,55 kgfm a 6.500 rpm, mas, ganhou embreagem assistida e deslizante.
Porém, um novo comando de válvulas, novos dutos de admissão e escape deixaram a curva de torque 4% mais plana, com mais força em baixas e médias rotações (acima de 3.000 rpm), permitindo retomadas mais vigorosas e melhor desempenho tanto no asfalto, quanto na terra. Os freios se mostraram precisos e confiáveis, com disco de 310 mm na dianteira e 240 na traseira.
Honda CB 500F
A Honda CB 500F completou seis anos apresentando uma nova geração, com modernizações no visual, no motor de dois cilindros em linha, na iluminação totalmente em led e no painel LCD, estilo blackout que inclui indicador de marcha engatada e luzinha “shift-up” regulável, que indica a hora de trocar as marchas para cima.
Quando foi lançada, a Honda CB 500F integrava com as irmãs CB 500X, mais aventureira e CBR 500R mais esportiva, uma trinca que dividia o mesmo quadro, rodas, motor, freios e escape, alterando somente a ergonomia, decoração e outros pequenos detalhes.
A trinca foi desfeita, com a CBR 500R saindo de linha, para dar lugar à CBR 650R, com motor de quatro cilindros em linha, restando a dupla com a CB 500X.
Porém, a nova Honda CB 500F, com preço sugerido de R$ 26.900 (sem frete), também vai assumindo um caminho próprio, mais voltado para o segmento naked, mais agressivo, se distanciando da agora também mais aventureira CB 500X (com roda dianteira maior, aro 19, pneus e suspensões diferentes), embora, ainda compartilhe motor e outros sistemas.
Visual mais agressivo
O visual foi renovado, com novo conjunto óptico, aletas laterais da carenagem, tanque e rabeta. A intenção foi deixar o desenho mais parecido com uma “streetfighter”, ou guerreira urbana, pronta para encarar as batalhas das ruas. A frente ficou mais agressiva com o farol tipo escudo, harmonizando com a traseira, mais esbelta, com o farolete em LED integrado.
No meio, o motor, pintado em preto, junto com o quadro em tubos de aço, tipo “diamond”, com o propulsor integrando o conjunto para aumentar a rigidez e reduzir o peso. Para compatibilizar a maior agressividade do visual com o desempenho, o motor também “mudou”, mas sem mudar.
O propulsor, ou coração, de dois cilindros em linha, com 471 cm3, manteve a potência máxima de 50,4 cv a 8.500 rpm e também o pico de torque de 4,5 kgfm a 6.500 rpm em relação ao modelo anterior.
Porém, mudanças no comando de válvulas, no sistema de admissão e no escape permitiram mais 4% de torque acima de 3.000 rpm em relação ao modelo anterior, possibilitando melhores retomadas, facilitando a pilotagem no trânsito e se aproximar das chamadas streetfighters. Facilidade também para acionar o câmbio de seis marchas, com embreagem assistida e deslizante.
Honda CB 500F ficou mais arisca
O propulsor, com os ajustes internos, deixou a Honda CB 500F mais arisca, embora continue bem previsível e de extrema facilidade na pilotagem. O raciocínio nesta linha (além do econômico) parece ter norteado a ausência de sistemas eletrônicos auxiliares, como o controle de tração e mapas de motor, por exemplo.
Já os freios contam com sistema ABS. Na dianteira, um “discão” flutuante estilo margarida de 320 mm de diâmetro (10 mm maior que o da CB 500X), mordido por pinça de duplo pistão. Na traseira, disco de 240 mm, também margarida. Ambos, com funcionamento extremamente preciso e confiável.
A suspensão dianteira conta com sistema não invertido, com tubos de 41 mm de diâmetro, regulagem na pré-carga da mola e curso de 120 mm. A suspensão traseira tipo mono, ganhou novo conjunto mola/amortecedor (com maior diâmetro), cinco regulagens na pré-carga e 119 mm de curso.
O novo tanque (17,1 litros) encaixa bem os joelhos, junto com o guidão cônico, banco em dois níveis e posição das pedaleiras, estabelecem confortável ergonomia de pilotagem. Se o negócio for “enrolar o cabo”, rodas em liga leve com aros de 17 polegadas, pneus (Dunlop) mais esportivos 120/70 na dianteira e 160/60 na traseira, garantem a adrenalina.
Fotos Honda | Divulgação
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