sexta-feira, 11 de outubro de 2019

Veja a evolução do segmento de picapes no Brasil e porque a Fiat Toro faz sucesso

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O sucesso da Fiat Toro não veio a toa. A picape produzida em Goiana (PE) se encaixou num nicho de mercado abaixo dos modelos médios, como Toyota Hilux e Chevrolet S10 com uma ampla gama de versões. Os preços também começam num degrau abaixo das picapes médias e a Toro reina praticamente sozinha no segmento. A única concorrente é a Renault Duster Oroch, cujas versões são mais baratas, mas menos refinadas que a Toro.

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No entanto, se agora a Toro é menor do que as médias, há cerca de 20 anos, quando as picapes médias atingiam seu primeiro ápice de vendas, o modelo da Fiat certamente estaria na mesma categoria que S10, Hilux e Ranger. Isso porque a Toro mede 4,94 metros de comprimento e tem 1,84 metro de largura. É maior do que a primeira Hilux a ser vendida no Brasil, que media 4,85 metros de comprimento e apenas 1,69 metro de largura.

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Foto: Celso Junior/Estadão

As primeiras gerações de S10 e Ranger eram ligeiramente maiores, com cerca de 5,15 metros de comprimento nas versões cabine dupla. Ainda assim, a diferença é pequena e basicamente se deve ao entre-eixos mais comprido das duas picapes. A Toro tem 2,99 metros, enquanto as antigas picapes têm cerca de 3,15 metros entre os eixos.

Motores eram fracos

A comparação da Toro com as antigas gerações das – hoje grandalhonas – picapes médias também levanta outras curiosidades. Embora fossem modelos relativamente caros, elas nem de longe tinham os luxos das versões atuais. E nem da Toro. Itens como ar-condicionado automático, bancos de couro e até mesmo câmbio automático não estavam disponíveis. Mesmo as versões de topo das médias de antigamente ainda traziam muito da aura “trabalhadora” das picapes diesel.

Também eram ainda duras e cansativas de dirigir, com embreagens e direções pesadas. Além disso, outro aspecto que a própria Toro mostra a evolução das picapes está sob o capô. Enquanto a picape da Fiat tem um motor 2.0 turbo diesel de 170 cv, a primeira S10 a diesel trazia um 2.5, também turbinado, mas com apenas 95 cv. A Hilux a diesel do fim dos anos 90 era ainda mais fraca, só 78 cv.

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Foto: Celso Junior/Estadão

O modelo da Toyota tinha menos torque até do que o motor flexível das versões de entrada da Toro. Eram 17,7 mkgf, ante 19,3 mkgf do 1.8 flexível. Tudo bem que o motor da Toyota entregava essa força a rotações bem mais baixas, mas o desempenho ainda era pra lá de tímido. Eram picapes que aceleravam de 0 a 100 km/h em cerca de 15 segundos e mal passavam dos 150 km/h.

Só depois, ao longo dos anos 2000 as picapes médias foram ganhando motores mais fortes. A Hilux trocou o 2.8 por um 3.0 a diesel na época, que elevou a potência para 116 cv. A S10 recebeu um 2.8 de 132 cv que transformou o comportamento da picape.

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Foto: Celso Junior/Estadão

Mas fora da estrada…

Ao menos, um dos poucos quesitos onde os modelos antigos ainda são superiores é na capacidade fora de estrada. A Toro a diesel até tem vários modos de condução e tração controlada eletronicamente. No entanto, em situações extremas, a robustez das picapes antigas se sobressai, bem como uma boa caixa reduzida no câmbio.


https://jornaldocarro.estadao.com.br/carros/veja-evolucao-do-segmento-de-picapes-no-brasil/ visto pela primeira vez em https://jornaldocarro.estadao.com.br
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