terça-feira, 3 de março de 2020

Triumph Rocket 3: a motocicleta com o maior motor do mundo

O nome dá uma noção do grau de ousadia do modelo: Rocket significa foguete, em tradução livre. Mas não é só isso. A inglesa Triumph, oficialmente instalada no Brasil, com fábrica em Manaus (AM), apresentou em fins de 2019 os novos modelos Rocket, com as versões 3R, e Triumph Rocket 3 GT, totalmente modernizadas, que também serão comercializadas no Brasil.

Inicialmente, quem vai desembarcar, no primeiro semestre de 2020 (ainda sem preços e datas definidas), é a Rocket 3R e, depois, dependendo da aceitação e disponibilidade, a versão GT, com possibilidade de customização da própria fábrica, TFC, Triumph Factory Custom.

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As novas Triumph Rocket 3 são consideradas os modelos de produção em série com o maior motor do mundo. O propulsor com três cilindros em linha tem nada menos que 2.500 cm3 de cilindrada (exatos 2.458 cm3, contra 2.294 cm3 do modelo anterior), ou ainda 2,5 litros, com o “arredondamento” de praxe. Capacidade maior do que muitos automóveis.

2019 rocket 3 r riding 3

O motor de três cilindros em linha é tão extenso que fica encaixado de forma longitudinal no quadro, e não de forma “transversal”, como de costume, para não “sobrar” nas laterais e dificultar a movimentação. O efeito colateral é que a distância entre-eixos também é dilatada, com 1.676 mm. O modelo Rocket foi lançado em 2004, assombrando o mundo com suas avantajadas dimensões e descomunal torque.

As novas Triumph Rocket 3R e também a versão levemente mais estradeira, Rocket 3 GT (com pequenas diferenças de ergonomia), seguem essa linha. Porém, na nova geração, chegam totalmente renovadas, bem mais leves, com  visual modernizado e o motorzão ainda maior e com mais eletrônica, que entrega 167 cv de potência a 6.000 rpm e o inacreditável torque de nada menos que 22,6  kgfm a apenas 4.000 rpm. Quase um caminhão trucado!

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Motorzão 2.5 faz inveja em muitos carros

A força é superior a muitos carros, como o do Volkswagen Virtus 200 TSI, também com motor de três cilindros (1.0 turbo), que fornece 128 cv (com etanol) e 20,4 kg de torque, por exemplo. Além do maior motor do mundo, também possui o maior torque do planeta para modelos de série.

Para domar a fúria do acelerador, o propulsor foi recheado de eletrônica. Segundo a fábrica, acelera de 0 a 100 km/h em míseros 2,89 segundos, transformando o condutor em um legítimo piloto de dragster de arrancadas. Porém, conta com o controle de tração (que pode ser desligado) e também com quatro modos de pilotagem: Road, Rain, Sport e Rider. Esse último pode ser configurado segundo a conveniência do piloto, alterando os níveis de atuação do controle de tração e resposta do acelerador.

2019 rocket 3 r riding 8

A eletrônica também acrescentou o “cérebro”, batizado de IMU (Unidade de Medição Inercial, em português), que lê os parâmetros de inclinação lateral e longitudinal, aceleração e frenagem, processando e integrando instantaneamente os sistemas. Incluindo o conjunto de frenagem equipado com ABS de curvas (ABS cornering com atuação quase cirúrgica), que permite utilizar os freios nas curvas sem alargar a trajetória aumentando o domínio e a segurança.

A Triumph Rocket 3R também conta com sistema de partida em rampas, sem que a moto volte, sistema de troca de marchas sem uso da embreagem (Quickshift), tanto para subir quanto para reduzir. A transmissão passou de cinco no modelo anterior, para seis velocidades, além de embreagem assistida e deslizante e a chave inteligente que permite destravar o guidão e ligar o motor, apenas com a presença, por aproximação.

Triumph Rocket 3 entrega muita eletrônica

O visual ficou ainda mais agressivo, mas o modelo mais leve. Só no motor, que apesar de aumentar a capacidade volumétrica, ficou mais compacto, com menores dimensões externas, foram economizados 18 kg em relação à geração anterior. O quadro, em alumínio, também ficou mais leve e, junto com substituição de materiais por outros mais nobres, foram reduzidos outros 22 kg, perfazendo um total de 40 kg a menos. Mesmo assim, a balança acusa 291 kg a seco.

O painel em tela TFT colorida, permite o piloto personalizar a forma de apresentação, inclusive com seu nome, além de espelhar ao celular via bluetooth, com acesso à navegação por satélite, música e à câmera GoPro, através de um joystick no punho esquerdo.

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O duplo farol redondo na dianteira permanece, como no modelo anterior, mas toda a iluminação é em LED, incluindo luz de posição diurna. Como opcional no modelo 3R, oferece o piloto automático e as manoplas aquecidas. De série, porém, o enorme pneu traseiro, com a exagerada medida de 240 mm de largura em aro de liga leve de 16 polegadas. Na dianteira, aro de 17 polegadas.

Os freios contam com dois discos de 320 mm na dianteira, com pinças Brembo de quatro pistões. Na traseira, disco de 300 mm. A suspensão dianteira é Showa, invertida com tubos de 47 mm e 120 mm de curso. Na traseira, monobraço (com transmissão final por cardã) e amortecedor com 107 mm de curso. Ambas são ajustáveis.

Fotos Triumph | Divulgação

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